Quarta, 22 de julho de 1880, 0h11min.
Porão do Refugio de Vance
Uruguaiana, Rio Grande do Sul.
Vance examinava com cuidado seus discípulos, ambos se destacaram em seu treinamento, e em todos os testes, mas apenas dois sobreviveram e agora era hora de escolher um para realizar a missão do arcebispo, sabia que seus serviços eram muito prezados por Whilliam, mas mesmo assim não entendia muito dos planos, mas diziam que isto era devido à diferença de idade de vance em relação a Whilliam. Mas mesmo assim, o assamita antitribu, achava muito idiota o plano, ou essa parte do plano, mas agora cabia a ele cuidar de escolher o mais apto dos dois e depois cuidar do transporte da Títere de são Miguel e de suas criações. Após dois minutos de passadas nervosas à frente dos dois jovens, ele olhou Marcos nos olhos e o escolheu, após a saída de Marcos, Vance olhou seu outro discípulo, ele olhava seu mestre com um olhar de duvida, mas Vance apenas lhe disse para correr duas horas no campo de treino, Quando Magnus saiu, Vance voltou seus pensamentos, para o que acabara de fazer, escolhera um de seus discípulos para uma missão que era claramente um suicídio, mas ele não podia comprometer sua melhor cria até hoje, certo de que ele havia feito o melhor, afinal, futuramente Magnus seria bem mais útil que Marcos, ele começou a tratar de se preparar para a viagem, levaria suas melhores lâminas, com certeza, esse seria o maior evento no sabá em anos, mas antes ele devia cuidar da outra missão que o arcebispo havia lhe confiado, mesmo que as criaturas da títere o assustassem, embora ele não admitisse isso nem para ele mesmo.
Sábado, 23 de julho de 1880, 03h33min.
Sede da fazenda União
Porto alegre, Rio Grande do Sul.
Dentro de salas, com o chão feito de madeira gasta devido aos inúmeros pés que sobre ele passaram, e que não tinham nem um décimo de sua idade, dois homens estavam apreensivos com o desenrolar dos fatos que estavam vigiando, o primeiro deles a tomar a palavra após um longo período de silencio, andou levemente sobre o piso gasto de madeira até a janela, e lá admirou a noite enquanto começou a divagar: “- Nós somos os únicos que não estão dormindo, meu caro amigo, então, cabe a nós decidirmos como iremos prosseguir”. “Sim, somos nós que decidimos, mas será que ela aprovará nossas decisões quando despertar?” Um Homem alto saiu das sombras que o cercavam apenas o suficiente para deslumbrar sua forma, que lembrava muito, na escuridão, um dos sátiros da mitologia antiga.
“Se ela não aprovar, dará um jeito de nos contatar antes de darmos o primeiro passo. Então, conte-me o que descobriu em sua ultima viagem para recolher informações”.
“Bem caro Carlos, inicialmente pretendo lhe contar o que já sei a respeito de nossos inimigos”. Com um mero olhar a mente dos dois matusaléns se encontrou na efêmera do pensamento, e após um breve desviar de olhares, e outra longa pausa, Carlos Ravell arruma a manga de sua blusa nervosamente, e fixa olhar mais uma vez ao seu colega do ancionato. E novamente, seus pensamentos se unem, e Carlos pergunta “entendeu, meu nobre (esse nobre falado em um tom de sarcasmo) amigo?”. “Claro, provavelmente ela lhe instruiu, e assim o farei, e creio que dará certo, esse é o momento de tê-lo sobre nosso controle”.
O sátiro se retirou às sombras e desapareceu na escuridão, deixando Ravell imerso em seus pensamentos de Jyhad, iniciado do outro lado do oceano, e começa a pensar se não será hora de chamar alguns operativos que a muito não são necessários. Pensou também que o devia fazer logo, pois ele e seu colega Nosferatu logo cairiam, como seus colegas, no sono dos mortos.
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